“A avaliação do processo permite reconhecer a pertinência e sentido das oportunidades educativas proporcionadas, saber se estas estimularam o desenvolvimento de todas e cada uma das crianças e alargaram os seus interesses, curiosidade e desejo de aprender” (Orientações Curriculares, 1997, p.93).
        Para o educador conseguir promover boas experiências de aprendizagem com as suas crianças, “seguramente ele deve ser capaz de observar, reconhecer e avaliar o nível de desenvolvimento das crianças e as suas necessidades” (Oliveira, Zilma et al.,1993, p.73).
        É também crucial que o educador nunca ponha de parte o facto de que a criança pequena desenvolve -se de uma forma global e não por áreas de conhecimentos. Assim, as diferentes áreas de aprendizagem estão interligadas, existindo entre si uma relação transversal. Por exemplo, ler e contar histórias não se pode fechar sobre a área do desenvolvimento da leitura e escrita, mas abrir-se sobre a transversalidade que esta pode ter com as restantes áreas (Área da Formação Pessoal e Social, Expressão e Comunicação, Domínio da Matemática e a Àrea do Conhecimento do Mundo).
        Seguindo esta linha de pensamento decidimos reflectir sobre a pertinência da nossa actividade e o impacto da mesma nas crianças ao nível de competências abrangidas pelas áreas de conteúdo patentes nas Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar.
        Convém sublinhar que “consideram-se “áreas de conteúdo” como âmbitos de saber, com uma estrutura própria e com pertinência sócio-cultural, que incluem diferentes tipos de aprendizagem, não apenas conhecimentos, mas também atitudes e saber-fazer” (Orientações Curriculares, 1997, p.47).
        Assim no que respeita à área de Formação Pessoal e Social foi nosso objectivo através da história Mumuhug Gosta de Ajudar, incutir nas crianças valores como a amizade, a inter-ajuda e a partilha, tendo em conta, que esta área é “considerada uma área transversal, dado que todas as componentes curriculares deverão contribuir para promover nos alunos atitudes e valores que lhes permitam tornarem-se cidadãos conscientes e solidários” (Orientações Curriculares, 1997, p.51).
        Ainda no âmbito desta área, as crianças interagiram com os colegas e connosco, aceitaram as regras do jogo e demonstraram no geral, autonomia nomeadamente na realização do desenho.
        No que concerne à área de Expressão e Comunicação tivemos em consideração, nomeadamente no conto da história que “numa idade em que as crianças ainda se servem muitas vezes do imaginário para superar lacunas de compreensão do real, importa que a educação pré-escolar proporcione situações de distinção entre o real e o imaginário… (Orientações Curriculares, 1997, p.56).
        Relativamente ao domínio das expressões e especificamente na Expressão Motora verificamos que as crianças, tendo em conta, a sua faixa etária ainda apresentam algumas dificuldades ao nível da motricidade fina. Contudo foi visível o interesse e entusiasmo pela, e na realização do desenho.
        No que toca ao domínio da Linguagem Oral e Abordagem à Escrita sabemos que “situa-se numa perspectiva de literacia enquanto competência global para a leitura no sentido de interpretação e tratamento da informação que implica a “leitura” da realidade, das “imagens” e de saber para que serve a escrita, mesmo sem saber ler formalmente” (Orientações Curriculares, 1997, p.66). Neste sentido optamos por uma história narrada através de um conjunto de imagens com o objectivo de as crianças associarem a linguagem oral às imagens. Podemos constatar que conseguimos atingir esse objectivo.
        Para finalizar e, no que concerne à Área de Conhecimento do Mundo, esta “enraíza-se na curiosidade natural da criança e no seu desejo de saber e compreender porque” (Orientações Curriculares, 1997, p.79). Pudemos constatar que as crianças nomeadamente no conto da história mantiveram-se atentas do início até ao fim domadas pela curiosidade de como iria terminar a história. Revelaram do mesmo modo, muito interesse pela realização do desenho e manifestaram algum cuidado na escolha de uma prenda adequada para oferecer ao Mumuhug.



Bibliografia



Ministério da Educação/Departamento de Educação Básica, (1997). Orientações Curriculares para a Educação Pré-escolar. Lisboa: M.E/DEB – DEPE.



Oliveira, Zilma de Moraes et al., (1993). Creches: Crianças, Faz-de-Conta & Cia. 8ª Edição. Brasil/Petrópolis: Editora Vozes.

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Agradecimentos

Agradecemos a todos os que colaboraram para que esta publicação se tornasse possível, nomeadamente à professora Guida Mendes, ao educador Ricardo Jorge, à directora da Instituição, e claro às crianças, pois afinal foram elas as principais protagonistas desta publicação.

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